O setor de Saúde da
Mulher e da Criança do Departamento Municipal de Saúde está lançando a Campanha
Adolescência Primeiro, Gravidez Depois, com o objetivo de levar informação a
adolescentes, jovens e seus pais em relação à gravidez precoce e métodos anticonceptivos.
Segundo a
enfermeira responsável, Silvana Niszczak, atualmente há um alto índice de
meninas menores de 20 anos de idade grávidas no município. “No primeiro
quadrimestre deste ano foram acompanhadas 111 gestantes, sendo 31 menores de 20
anos, o que dá um percentual de 29%. Nós, do Departamento de Saúde, estamos
muito preocupados com essa situação”, comenta a coordenadora da campanha,
destacando que a gravidez na adolescência não está relacionada somente com
problemas sociais, mas também pode desenvolver doenças como hipertensão,
biabetes e até levar ao óbito do bebê e da mãe, devido à idade das gestantes.
O projeto será
realizado em parceria com o Departamento Municipal de Educação, o CRAS – Centro
de Referência de Assistência Social e o Conselho Tutelar, onde periodicamente
serão realizados encontros nas comunidades rurais entre os pais de adolescentes
menores de 20 anos, as próprias adolescentes e uma equipe multiprofissional,
composta por enfermeira, psicóloga, assistente social e conselheiras tutelares.
“Queremos realizar uma roda de conversa e fazemos um apelo a toda à população, para
que nos ajude na divulgação dessa campanha”, pede Silvana.
Cronograma de encontros
- 09/06: Marcon – 10h / Ponte do Iratim –
14h;
- 11/06:
Ubaldino Taques (Lavrama) – 10h / Ponte do Chopim – 14h;
- 14/06: Bom
Retiro – 10h / Pedregulho – 14h.
Prevenção da gravidez na adolescência
De
acordo com o Ministério da Saúde, um dos mais importantes fatores de prevenção
é a educação. Educação sexual integrada e compreensiva faz parte da promoção do
bem-estar de adolescentes e jovens ao realçar a importância do comportamento
sexual responsável, o respeito pelo/a outro/a, a igualdade e equidade de
gênero, assim como a proteção da gravidez inoportuna, a prevenção de infecções
sexualmente transmissíveis/HIV, a defesa contra violência sexual incestuosa,
bem como outras violências e abusos.
“A garantia de desenvolvimento integral
na adolescência e juventude é uma responsabilidade coletiva que precisa unir
família, escola e sociedade para articular-se com órgãos e instituições,
públicas e privadas na formulação de políticas públicas de atenção integral à
saúde em todos os níveis de complexidade, embasando-se em situações
epidemiológicas, indicadores e demandas sociais, respeitando os princípios do
Sistema Único de Saúde”, explica o MS.
Ainda conforme o MS, tratar a gravidez na
adolescência sob uma perspectiva preventiva e de atenção integral à menina e ao
menino adolescentes proporciona a estes sujeitos o exercício da vida sexual e
reprodutiva com base em valores e comportamentos mais autônomos, com decisões
mais responsáveis, além da construção de projetos de vida de longo prazo.